terça-feira, 7 de outubro de 2014

Marisa Orth em papel dramático

Ela é notoriamente conhecida pelos papéis cômicos. Sua versatilidade como atriz, no entanto, já a levou a palcos shakespearianos e a filmes de Lúcia Murat e Anna Muylaert. Agora, Marisa Orth vive Sylvia, seu personagem dramático na série Dupla Identidade, escrita por Gloria Perez e exibida pela Globo.

A trama gira em torno do sedutor Edu (Bruno Gagliasso), um lobo em pele de cordeiro que, na calada da noite, se revela um serial killer. Sylvia é a mulher do senador Oto (Aderbal Freire Filho), de quem Edu quer se tornar braço direito.

E ela, sem mensurar o grau de periculosidade do rapaz, pode ajudar a estreitar cada vez mais os laços entre ele e sua família, adianta Marisa.

“Sylvia é uma personagem interessantíssima. Inicialmente, ela parece ser aquela clássica mulher-bomba de político, mais uma vez sendo traída, mas, desta vez, ela percebeu que ele está passando o patrimônio para o nome da outra. É quando a namoradinha do marido morre e as suspeitas recaem sobre ele”, descreve a atriz. “Ela segura a explosão e o chantageia.”

Marisa não sabe classificá-la como do bem ou do mal. Cheia de nuances, a personagem é uma defensora da família, mas também dos próprios interesses.

“Ela é bem humana nesse sentido. Acho que é só fruto do sistema, um tipo de mulher que deve existir, e tem uma solidão monumental ao mesmo tempo.”

Marisa foi convidada pelo diretor Mauro Mendonça Filho, com quem já havia trabalhado no teatro, em A Megera Domada, e, na televisão, em S.O.S. Emergência.

Até então, Marisa não tinha atuado em uma história da autora, mas, ela garante, sempre acompanhou suas novelas ao longe, como espectadora. “Para mim, não é tão diferente quando faço um papel dirigido para fazer rir ou para fazer pensar ou sofrer ou sentir. Cada papel é um papel. A maior dificuldade que tenho é temer o que o público vai achar”, diz ela.

“Acho que estou meio na incógnita, o pessoal não está me conhecendo”, emenda ela, gracejando.

Enquanto dá vida à dondoca mulher de político nas noites de sexta-feira na Globo, no Canal Brasil, aos domingos, às 20h30, ela dá vazão a outras de suas facetas no programa Almanaque Musical.

Lá, recebe convidados da área musical e aproveita para dar uma palhinha com eles. A ideia é contar um pouco da história da nossa música, por meio de temas.

Serão 12 episódios nessa primeira leva - mas ela segue gravando mais entrevistas no ano que vem. Para as canjas com seus convidados, Marisa conta com o apoio da banda Almanaque Musical.

Ativar seu lado cantora é algo corriqueiro há anos para a atriz, desde os tempos da banda Luni, que integrou na década de 80, passando pela Vexame, entre final dos anos 1980 e meados de 2000, e, mais atualmente, à frente da banda Romance. Já ser entrevistadora é uma novidade. Mas o formato nada engessado do programa anula quaisquer formalidades.

“Tenho muito prazer em falar sobre música, em conhecer essas pessoas, em falar sobre o trabalho delas. Sou atriz desde nascença, e morrerei atriz, se Deus quiser, mas acho que o teatro e a música são super próximos”, diz. “Amo o teatro, mas a música faz muito parte da minha vida.”

A veia cômica da atriz também pode ser revista em seus antigos sucessos na TV. São exibidas no canal Viva as reprises de Sai de Baixo (1996-2002; além de quatro episódios especiais gravados em 2013), Toma Lá, Dá Cá (2007-2009) e S.O.S Emergência (2010).
 
Texto: ClicFolha
Link: http://www.clicfolha.com.br/noticia/39059/marisa-orth-em-papel-dramatico

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